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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Opinião de especialista

Economista destaca contributo das empresas nacionais


         Luanda - O economista Alberto Rosa considerou esta quarta-feira, em entrevista à Angop, que o contributo do empresariado nacional no processo de reconstrução nacional tem sido positivo, tendo em conta o empreendedorismo demonstrado.
         Alberto Rosa entende que a participação é grande e vem crescendo, inclusive no sector petrolífero, apontando como exemplo os grandes investimentos das empresas nacionais no sector não petrolífero.
Para uma maior contribuição da classe empresarial, considera necessário haver mais financiamento bancário, livre de burocracia, tecnologia e infra-estruturas básicas, cuja construção se assiste em todo o país.
        “O empresariado nacional precisa de mais recursos disponíveis. Em muitos casos há vontade dos bancos, mas as garantias solicitadas dependem de documentos que dificilmente o Estado fornece. Há que se equacionar isso”, sublinha.
O economista sugere também a adoção de mecanismos para desencorajar a importação de bens e serviços que podem ser produzidos no país, citando como exemplo a importação de água mineral.
         “Será que temos necessidade de importar água?, questiona Alberto Rosa. “Temos que desencorajar isso, possibilitando a criação de mais empresas de água de mesa e/ou natural, criando um ambiente para a concorrência e melhoria da qualidade deste produto”.
“Temos muitas fontes de água e é um bem escasso. Por que não criar estratégia ou viabilizar a especialização dos empresários nacionais neste ramo?. Até para fazermos o inverso: exportar”, referiu.
        A nível da região, no entender do economista, tem havido falta de reciprocidade em relação ao tratamento que os agentes económicos angolanos recebem nos outros países.
“Se os nossos camionistas sofrem restrições ao entrar para a Namíbia ou em outros países, os camionistas desse país também devem sentir isso em Angola”, exemplificou.
        Por outro lado, apontou como uma das vantagens dos empresários angolanos a existência de mercado e de oportunidades de negócios.
         Os recursos humanos e minerais para a sustentabilidade da produção, apesar da escassez de técnicos qualificados constituir ainda um problema, são outros dos aspectos positivos do mercado angolano.
Para o economista, o sistema de incentivos da Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP) e do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) é também um factor importante para a dinamização da economia, mas defende maior celeridade na aprovação dos projectos.
        Alberto Rosa mostra-se igualmente favorável a uma redução do imposto industrial e das taxas de juros directora e de redesconto do Banco Nacional de Angola (BNA), de modo a induzir os bancos comerciais a fazerem o mesmo.

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