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quarta-feira, 31 de março de 2010

ERRATA: ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁRIA DIA 06/04/2010

Diferente do que enviei por e-mail a data correta da Assembléia é 06/04/2010 as 20:00 hs (Terça-Feira), segue convite a todos...
Caros Sócios tem Assembléia Geral Extraordinária na sede da Associação dos Distribuidores de Água Mineral do RS (Adam-RS), dia 06/04/2010 às 20:00 Hs (Terça-Feira), contamos com todos, sua participação é muito importante.
Abraço e até breve

segunda-feira, 29 de março de 2010

A privatização da água nega o direito humano de ter acesso a ela

 
Na entrevista a seguir, concedida, por e-mail, Riccardo Petrella italiano radicado na Bélgica, analisa o problema da água no mundo. Antes de refletir sobre a “crise da água”, ele enfatiza que “a rarefação da água, da qual atualmente todo o mundo não para de falar, não é uma rarefação da quantidade de água em si, isso porque a quantidade de água doce que temos hoje é a mesma de 200 milhões de anos atrás. A rarefação é antes uma rarefação da qualidade de água para usos humanos em condições técnicas, econômicas e sócio/políticas ‘abordáveis’ e aceitáveis’”, disse.

Além da questão da qualidade da água, Petrella refletiu sobre problemas como a privatização da água, saneamento básico e Copenhague. “O direito à água para todos se confirma não ser uma prioridade principal das classes dirigentes mundiais. Sua prioridade é saber quem vai ganhar, no decurso dos próximos 15 anos, a batalha para a conquista e a supremacia do mercado de um bilhão de novos carros ‘verdes’, bem como aquela das novas moradias ‘verdes’”, afirmou.

Riccardo Petrella nasceu na Itália, mas hoje vive na Bélgica. É economista e cientista político, e já esteve diversas vezes no Brasil, inclusive, a convite do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, duas vezes na Unisinos.

Confira a entrevista.



IHU On-Line – Como avalia, de maneira mais geral, a qualidade da água no mundo?

Riccardo Petrella – No que se refere à água doce acessível e utilizável para usos humanos, a qualidade da água continua a se deteriorar. Isso ocorre mesmo depois dos dirigentes do mundo inteiro tomarem consciência, pelo fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970, da amplitude e da gravidade dos problemas da água. Na verdade, a rarefação da água, da qual atualmente todo o mundo não pára de falar, não é uma rarefação da quantidade de água em si (a quantidade da água doce sobre a terra não muda. Ela é a mesma que aquela de 200 milhões de anos atrás, como ela será a mesma daqui a 100 milhões de anos ou mais). A rarefação é antes uma rarefação da qualidade de água para usos humanos em condições técnicas, econômicas e sócio/políticas ‘abordáveis’ e aceitáveis.

As razões do agravamento do estado qualitativo da água são múltiplas e variadas. As principais são as retiradas ou extrações excessivas e os fenômenos de contaminação e de poluição. É preciso considerar, além disso, a má gestão dos solos e das bacias hidrográficas, notadamente transnacionais.

IHU On-Line – Qual é sua opinião sobre a privatização da água, considerando que ela deveria ser um bem público universal?

Riccardo Petrella – Eu sou contrário à privatização da água por duas razões principais: primeiro, porque ela se traduz pela mercantilização da água e, por conseguinte, pela mercantilização da vida. Assim, todo mundo reconhece que a água é sinônimo de vida, ou seja, “fonte” de vida. Ora, privatizar os serviços de água significa tratar a água como mercadoria, mesmo que determinados poderes públicos tentem dizer que se trata de uma mercadoria diferente das outras. A segunda razão que mostra que sou contrário é porque a privatização também implica na privatização do poder político, das decisões em matéria de salvaguarda da água, de seus usos e do direito à água. A água é um bem essencial e insubstituível à vida, e não se pode, por isso, confiar o poder de decisão a seu respeito a indivíduos privados.

É escandaloso pensar que a água possa ser fonte de lucro, e que os objetivos de rentabilidade financeira ditem as escolhas e as prioridades da gestão dela. Além disso, sendo a gestão da água necessariamente organizada sobre bases de monopólio natural, é inimaginável que o acesso à água possa gerar lucros.

No quadro da privatização, o acesso à água é subordinado ao poder de compra dos indivíduos e das organizações. Os seres humanos deixam de ser cidadãos para se tornarem consumidores e clientes de água. Ora, o acesso à água é e deve ser considerado e concretizado enquanto direito humano, a saber, um direito universal, indivisível e imprescritível. A sociedade, e as autoridades públicas em particular traem sua função e abandonam suas responsabilidades procedendo à privatização da água.

Opor-se à privatização não significa ignorar a existência dos custos que comporta pôr a água à disposição para os usos humanos vitais e a questão de sua cobertura e financiamento. Os custos, que são importantes, devem ser assumidos pela coletividade através dos processos fiscais gerais e específicos. O financiamento dos investimentos referentes a todo serviço público relativo à satisfação de um direito humano é de responsabilidade comum dos membros da comunidade, do nível local aos níveis nacional e internacional. Confiar tal financiamento ao consumidor para o pagamento de um preço é esvaziar de sentido o direito humano à vida e mudar a própria natureza da água.

No que se refere à água mineral engarrafada, convém denunciar a mistificação mundial operada no decurso dos últimos 30 anos. Por definição, a água mineral natural não é uma água potável, pois ela não pode ser tratada, mas deve ser engarrafada tal como ela sai da fonte, sob pena de perder suas características. Somente se pode reduzir ou acrescentar anidrido carbônico. Uma água potável é a que sofreu um tratamento que corresponde aos critérios (nacionais ou internacionais) de potabilidade. Por esta razão, as águas minerais naturais engarrafadas podem ser objeto unicamente de um uso temporário, descontínuo e específico, por sua relação a certas características em sais minerais que atribuem a essas águas propriedades para-terapêuticas.

Ora, uma vasta campanha publicitária conduzida nestas últimas décadas conseguiu fazer a opinião pública crer que a água mineral natural é melhor que a água da torneira, que é preciso beber água mineral para garantir melhor saúde, que as águas minerais engarrafadas são mais puras do que a água potável etc. Isso é estritamente falso. O sucesso das águas minerais naturais é devido principalmente à publicidade e a uma estratégia voluntarista de marketing da parte das companhias multinacionais das bebidas gasosas doces, que chegou a transformar as águas minerais num gigantesco mercado mundial muito sumarento.

Há também outra razão, de natureza socioeconômica, ligada ao fato que nossas sociedades se tornaram sistemas de altíssima mobilidade das pessoas. As garrafas de água mineral em plástico, em múltiplos formatos, têm sido uma resposta muito eficaz aos “imperativos” de um modo de vida muito móvel.

IHU On-Line – Quais são os maiores desafios no mundo atual em relação à questão do saneamento básico?

Riccardo Petrella – O principal desafio é, evidentemente, a saúde. Ainda hoje, uma das principais causas da mortalidade infantil no mundo é a ausência de água doce ou o recurso inevitável a uma água de má qualidade bioquímica, bem como a ausência de serviços higiênicos e sanitários adequados. É vergonhoso que 2,6 bilhões de seres humanos ainda não saibam o que é uma toalete ou um sanitário público. É inaceitável que, em 2010, haja 4900 crianças com menos de seis anos que morrem a cada dia no mundo por causa de doenças devidas especificamente à ausência de água e de serviços higiênicos.

 O que é inaceitável, em particular, é que a mortalidade citada não é devida ao fato das crianças e mulheres habitarem em regiões onde a água esteja faltando. Isso também existe, mas a causa principal é representada pelo fato dessas pessoas serem pobres. O empobrecimento atual de amplas fatias das populações da África, da Ásia e da América Latina está na origem das desigualdades no acesso à água e, por conseguinte, à saúde e à vida.

É importante destacar que uma responsabilidade direta desse estado de coisas cabe também às classes dirigentes dos países dessas regiões, pois elas não utilizam nem os recursos financeiros limitados de que dispõem, nem os recursos naturais dos quais seus países são frequentemente muito ricos. Assim, os investimentos nas infraestruturas e serviços referentes ao tratamento das águas usadas e sua reciclagem são, de longe, inferiores àqueles destinados a manter ou reforçar seus poderes e seus privilégios no contexto de uma subordinação da economia do país aos interesses dos fortes poderes das empresas multinacionais e dos Estados ex ou neocolonizadores.

IHU On-Line – Em sua opinião, quem deveria cuidar da gestão do setor hídrico?

Riccardo Petrella – Permita-me, aqui, acrescentar algumas observações a propósito de um tema interessante, emblemático das ambiguidades e mistificações existentes em matéria de água, alimentadas pelos grupos sociais dominantes. Refiro-me ao conceito de PPP (Partilha Pública Privada) que, segundo esses grupos, devia representar o modelo ideal para conjugar harmoniosamente os objetivos, de um lado, do acesso à água para todos e o tratamento da água enquanto bem comum, e, de outro lado, de uma gestão eficaz e eficiente dos serviços de água no interesse dos prestadores e dos “consumidores”. Observe que o Banco Mundial assume o conceito de PPP desde 1993 e utiliza a obrigação de sua aplicação como condição da outorga de sua parte de empréstimos para o financiamento no domínio da água aos países do Sul.

A experiência demonstrou que o PPP se tornou, sobretudo, um instrumento de subordinação do desenvolvimento dos serviços de água aos imperativos de rentabilidade financeira das empresas multinacionais privadas estrangeiras – francesas e britânicas, notadamente – às quais a gestão da água tem sido confiada, após sua inserção no mercado em obediência ao princípio de liberalização dos serviços públicos imposta pelo Banco Mundial. De fato, o PPP se traduziu pela Privatização do Poder Político, verdadeiro apossamento do controle dos recursos naturais do país pelos grandes grupos industriais, comerciais e financeiros mundiais (chineses e indianos incluídos). Os numerosos casos recentes de abandono do PPP parecem indicar o fim da mistificação.

IHU On-Line – Como o senhor interpreta o fato de Copenhague não ter debatido a questão da água?

Riccardo Petrella – A recusa de incluir a problemática da água nas negociações sobre o desenvolvimento e o meio ambiente iniciadas no Rio de Janeiro, em 1992 e, em particular, no quadro da United Nations Framework Convention on Climatic Change (UNFCCC) iniciada no Rio de Janeiro e aprovada em 1994, data deste período. Depois, não se conseguiu mais convencer os Estados fortes da ONU (EUA, China, França, UK, Alemanha, Canadá, Brasil, Egito, Japão, Rússia etc) de considerarem a água como parte integrante das negociações sobre o clima. Portanto, todos os trabalhos do Grupo intergovernamental de Estudo sobre o Clima (GIEC) puseram sistematicamente em evidência os elos fundamentais entre a mudança climática e a água, simultaneamente no que se refere às causas e efeitos da mudança climática.

A razão principal dessa recusa, a meu ver, é dupla. Primeiro, o direito à água para todos se confirma não ser uma prioridade principal das classes dirigentes mundiais. Sua prioridade é saber quem vai ganhar no decurso dos próximos 15 anos a batalha para a conquista e a supremacia do mercado de um bilhão de novos carros ‘verdes’, bem como aquela das novas moradias ‘verdes’ (de energia passiva e ativa).

Foi assim que, em Copenhague, ignorou-se totalmente a questão da necessária transformação profunda das enormes favelas onde estão “recolhidos” e “se depositam” centenas de milhões de seres humanos considerados como “rejeitos” e “matérias-primas produtivas” de preço vil.

Segundo, as classes dirigentes estão conscientes que, se introduzissem a água nas negociações sobre o clima, deveriam se engajar para operar transformações radicais da economia dominante e de seus modos de vida.

IHU On-Line – O senhor acredita que a água em penúria poderá vir a ser uma das principais causas de guerra no século 21?

Riccardo Petrella – Se os grupos sociais dominantes continuarem a aplicar os princípios políticos e a manter as escolhas econômicas fundamentais atuais, as “guerras” da água se tornarão frequentes e cada vez mais “mortíferas”. Não poderia ser de outra maneira na base da aplicação dos princípios de soberania nacional absoluta sobre os recursos hídricos e da segurança nacional no aprovisionamento de água, garantia da segurança alimentar, energética e econômica em geral do país.

Os cenários das guerras da água serão inevitáveis se as políticas de mitigação e de adaptação à mudança climática forem dominadas pelas estratégias de sobrevivência do “cada um por si”. Enfim, as guerras da água terão lugar se os grupos sociais dominantes continuarem a impor, no domínio da água e da vida, o paradigma econômico hoje dominante, mercadológico, produtivista e financeiramente utilitarista. Inversamente, as guerras da água não são nem inelutáveis nem inevitáveis se outra concepção da água e da vida se afirmar no decurso dos próximos 20 anos no sulco do paradigma de uma sociedade justa, durável e eficaz em escala mundial. Em suma, as guerras da água só terão lugar se nossas classes dirigentes o quiserem.

IHU On-Line – Como vai o trabalho do Contrato Mundial da Água? Quais são os principais avanços e objetivos a serem obtidos?

Riccardo Petrella - Os trabalhos que conduziram à criação, em 1997, do Comitê Internacional para o Contrato Mundial da Água remontam aos anos de 1994-95 em torno da reação do “Manifesto da Água. Por um Contrato Mundial”. Uma das principais contribuições do Contrato Mundial da Água foi não somente o de ter contribuído, com outros grupos, associações e movimentos, à sensibilização e mobilização culturais sobre as questões da água, mas principalmente de ter feito sair a problemática da água do domínio da política ambiental para inscrevê-la principalmente no domínio da política da vida, do modelo de sociedade.

Tal tem sido o papel específico, inovador sob diversos aspectos, das diferentes Associações para o Contrato Mundial da Água (ACME) que se constituíram na Bélgica, na Itália, na França, em Quebec, na Suíça, no Marrocos, entre outros países. O movimento nascido com o Contrato Mundial da Água contribuiu para fazer tomar consciência dos estreitos elos entre o direito humano à água e o regime econômico de propriedade e de gestão da água e, notadamente, o elo entre a pobreza/empobrecimento e o não acesso à água. Diante do Manifesto da Água, a tese sobre o não acesso à água e a desigualdade no acesso eram “explicados” pela injustiça da natureza e pelo fator demográfico. Foi somente em 2006 que, pela primeira vez, uma agência das Nações Unidas reconheceu que a principal causa do não acesso e das desigualdades no acesso à água são a pobreza e a desigualdade no poder.

Creio, também, que o Contrato Mundial da Água participou ativamente da luta contra a privatização e a mercantilização, evitando, em certos países, que elas se afirmem, e, contribuindo, em outros, para que a pressão em favor da re-publicização da água produza resultados concretos. É de assinalar, enfim, seu papel desempenhado no desenvolvimento de “faculdades da água” na Itália, na França, no Brasil, na Argentina etc., e, mais recentemente, no nascimento de novas formas de diálogo inter-religioso e de grandes tradições morais em favor de uma mobilização conjunta pelo direito da água para todos e da água como bem comum e patrimônio da humanidade e de todas as espécies vivas.

Fonte: Mercado Ético, IHU – on line.

AGUA H20CEAN


         Água mineral feita a partir do mar chega aos EUA Moradores de Miami, na Flórida (EUA), poderão a partir do próximo mês entrar em lojas de conveniência da cidade e levar pra casa uma nova garrafa de água mineral, a H2Ocean.

        Seria apenas mais uma marca no mercado, não fosse por um detalhe: a H2Ocean é feita a partir da água do mar, com aplicação da nanotecnologia. E mais. O processo foi desenvolvido por brasileiros. A H2Ocean nasceu da experiência de dois cientistas, que começaram a desenvolver a tecnologia de controle de minerais em água dessalinizada.

        Isso ocorreu há dez anos. Em seguida, somaram-se à dupla outros dois sócios. Em 2003, eles conseguiram a patente do processo e passaram a bater de porta em porta para tentar comercializar a água. 'Ao longo de dez anos, foram investidos cerca de US$ 2 milhões na companhia', diz Rolando Viviani, gerente de marketing da H2Ocean.

        Segundo ele, todas as pesquisas foram feitas com recursos próprios dos quatro sócios. Seus nomes, por enquanto, são mantidos em sigilo.

        No início, o objetivo da H2Ocean era vender a água 'nanotecnológica' no Brasil. A empresa alega ter procurado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2006 para realizar o pedido de registro do engarrafamento do produto. A resposta teria sido a de que não há legislação específica para que esse tipo de água seja vendido no país por conta da sua fonte: o mar. Procurada, a Anvisa informou que a H2Ocean nunca entrou com um pedido de registro.

        A empresa, entretanto, enviou ao Valor fac-símile da página da Anvisa na internet em que aparece o número do processo do registro e do protocolo, em nome de Aquamare Beneficiadora e Distribuidora de Água.

        A data de entrada é de outubro de 2006 e o pedido foi negado em março do ano passado. Em dezembro, a mesma Aquamare fez uma segunda tentativa, enviando uma carta à Anvisa em que pedia esclarecimentos sobre o que fazer para obter o registro

        A resposta veio quatro meses depois, com a indicação de que a empresa deveria 'importar' uma legislação sobre o assunto. Ao Valor, a Anvisa também informou que 'a empresa interessada na produção (...) de água dessalinizada deve apresentar, preferencialmente por intermédio de uma associação, proposta de regulamentação para avaliação pela Anvisa'.

        As dificuldades para se obter o registro no Brasil levaram a H2Ocean a mudar de estratégia. A empresa continua interessada em obter a aprovação da Anvisa, mas decidiu priorizar a busca por novos mercados. A opção foi pelos EUA. 'O registro da empresa saiu em três horas e a água foi analisada em 15 dias.

        Nos EUA, conseguimos resolver em três meses tudo o que não conseguimos aqui em quatro anos', afirma Viviani. O Valor, porém, não teve acesso ao registro obtido no exterior.

         A venda da H2Ocean começa nos Estados Unidos em agosto, em três estados: além da Flórida, Nova Jérsei e Atlanta. Foram embarcados oito contêineres do produto, feito inicialmente na fábrica de Bertioga, litoral sul de São Paulo. A unidade poderá ser desativada em breve. A produção deve ser transferida para os EUA no fim deste ano.

         A nanotecnologia foi o instrumento utilizado pela H2Ocean para transformar a água do mar em água mineral dessalinizada. A água dos oceanos é rica em micro e macro nutrientes, como o boro, o cromo e o germânio - elementos dos quais o corpo humanonecessita, em pequenas doses.

        Com a nanotecnologia, a H2Ocean conseguiu, a partir da água recolhida em alto mar, retirar o sal e manter grande parte dos minerais.

         Para chegar a esse resultado, os cientistas criaram um filtro com nanotecnologia aplicada, o nanofiltro.O processo inicial é o mesmo que se faz desde a década de 1940:a dessalinização. Depois de retirado o sal, restam duas opções, segundo Viviani: 'Ou todos os minerais são retirados da água ou ela continua salgada'.

       Com uma sequência de nanofiltragens, a H2Ocean conseguiu manter 63 dos 86 minerais contidos na composição inicial. Surgiu a água do mar mineral.
Gazeta Mercantil - Indústria - Pág C1 - 30.07.08

Quem tem sede tem pressa

Campanha de conscientização sobre o uso racional da água lançada por companhia de bebidas tem força para se tornar bandeira daqueles que já vivem hoje a escassez do recurso mineral. Proposta é envolver comunidades, empresas e governos

POR LEILA SOUZA LIMA

Rio - 'Moro num lugar que talvez vocês não encontrem no mapa”. Assim começou o tocante depoimento de Vanete Almeida, coordenadora da Rede Latino-Americana e do Caribe das Mulheres Trabalhadoras Rurais, no lançamento do ‘Movimento Cyan — Quem vê a Água Enxerga seu Valor’ pela Ambev semana passada, em São Paulo: “A água que bebemos, a mesma usada para tomar banho e lavar roupa, é barrenta. Muitas vezes, usamos essa planta (a moringa) para assentar o barro. Quando a sede é muita, bebe-se com barro mesmo”. A região de Jatiúca fica no semiárido de Pernambuco.

Essa é a realidade, ainda distante para muitos, de milhares de brasileiros que habitam o Sertão Nordestino e outras tantas regiões secas no mundo inteiro, onde a sede é o principal drama de seres humanos e animais. Quem vive nos grandes centros, porém, não tem ideia do quanto tal perspectiva é real no futuro de todos, se não houver a conscientização global de que a água doce é o bem mais precioso na corrida pela sobrevivência.

A ação proposta pela Ambev no Dia Mundial da Água, celebrado na última segunda-feira, é de mobilização da população, das organizações e do poder público em torno de ampla campanha pelo uso consciente do recurso. As indústrias de bebidas, comumente acusadas de negligenciar a questão, têm encabeçado iniciativas — e gasto milhões com isso — destinadas a financiar projetos de sustentabilidade, recuperar e proteger bacias hidrográficas e preservar ecossistemas.

A Ambev expõe seus números: a companhia de bebidas vai investir R$ 44 milhões em sustentabilidade este ano. A empresa usa hoje 3,9 litros de água para produzir um litro de cerveja. Reduziu em 14 bilhões de litros esse consumo entre 2002 e 2009. Em 2001, eram necessários 5,6 litros para a mesma quantidade. Para “falar bem alto” sobre a questão — como defendeu ser necessário o diretor de sustentabilidade, Sandro Bassili —, a companhia anunciou a adoção da Bacia do Corumbá-Paranoá, no Distrito Federal, entre outras iniciativas.

Só 0,007% da água doce no mundo está disponível em rios e lagos superficiais e 0,7% do mineral potável fica no subsolo. “O Brasil concentra 14%. Nosso produto (a cerveja) tem 95% de água. A gente tem que falar disso e falar alto”, disse Bassili.

Cyan, a cor que dá tom à campanha, já era usada pela civilização greco-romana para representar o recurso. Se há mais de 2 mil anos já se sabia da importância da água, é de secar a boca enfrentar perdas ecológicas como o Rio Tietê, em São Paulo, e os braços de água que desembocam na carioca Baía de Guanabara. Se quiser saber mais sobre a causa: http://www.movimentocyan.com.br/.

Fonte: O Dia

quinta-feira, 25 de março de 2010

Setor espera vender 9 bilhões de litros de água

Um estudo do Canadean Liquid Intelligence (especializado em informações da indústria de bebidas) estima que o setor que vende água em galões de 5, 10 e 20 litros no Brasil deva vender 9,406 bilhões de litros de água mineral até o fim de 2012.

O estudo revela que, desde 2004, ano-base, o consumo cresce 0,5 bilhão de litro por ano. No ano passado, em dados ainda não consolidados, foram consumidos mais de 8,3 bilhões de litros do líquido.

O estudo também considera a venda de água engarrafada de 300 mililitros a 2 litros. Em 2004 foram consumidos no Brasil 3, 953 bilhões de litros. No ano passado, o volume estimado de consumo dos brasileiros foi de 5, 388 bilhões de litros e estima-se que em 2012 o volume -do segmento de engarrafados apenas- seja de mais de 6,143 bilhões de litros consumidos no País.

Um levantamento feito pela Nestlé mostra que a Região Sudeste, que conta com a participação de São Paulo - o primeiro mercado do Brasil em consumo de água - responde por cerca de 57% do mercado total de água engarrafada. "O consumidor busca acesso instantâneo ao produto, diversos tipos de embalagem, e múltiplos canais de distribuição".

Fonte: Associação Brasileira de Supermercados

Lastimável

        É com grande decepção que faço esta postagem:

        Hoje passando pela Avenida Bento Gonçalves em Porto Alegre avistei a causa da situação lastimável  do setor de distribuição de Água Mineral no Rio Grande do Sul.

       Em um buteco, bolicho, de quinta categoria vejo esta "linda" placa (foto) anunciando a venda de água Mineral a irrisórios R$ 3,90.V (Não cobre o custo do produto) Não avistei alvará de qualquer espécie, e atá duvido que exista alguma fiscalização nesta região.
         Me decepciona ver este tipo de coisa e muitas vezes tenho vergonha de dizer que sou um distribuidor de Água Mineral.

ATÉ QUANDO ????????????????????????????????

quarta-feira, 24 de março de 2010

Estresse em duas rodas

Sete em cada dez motoboys têm problemas de saúde mental

Renato Gava
renato.gava@diariogaucho.com.br

Ao avaliar as condições de saúde mental de uma centena de motoboys da Capital, pesquisadores da Ufrgs revelaram um cenário preocupante: de 101 entrevistados, 75% tinham ao menos um diagnóstico de doença psiquiátrica - de crise de ansiedade e mudança brusca de humor até transtorno de personalidade, incluindo uso de álcool e drogas.

Os profissionais foram recrutados em um estacionamento, empresas de tele-entrega e no HPS. No hospital, a investigação foi com motoboys que se acidentaram entre 2006 e 2008. O levantamento faz parte de um trabalho lançado na segunda-feira, em Brasília, pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trânsito e Álcool da Ufrgs.

Os voluntários responderam questionário e passaram por entrevistas. Mais da metade sofre de algum distúrbio psicológico e 54% apresentaram dois ou mais diagnósticos.

Os resultados não surpreenderam o presidente do Sindicato dos Motoboys (Sindimoto), Valter Ferreira. Para ele, o estudo mostra a realidade de muitos dos 15 mil motoboys da Capital submetidos diariamente ao estresse extremo:

- Essa pesquisa é importante, mostra que esse profissional precisa de mais atenção e sofre com más condições de trabalho.

37% não têm carteira assinada

A opinião de Valter encontra respaldo na pesquisa. Dos 101 participantes, 37 não tinham carteira de trabalho assinada e a maioria circulava, em média, nove horas e 48 minutos por dia. E 23 disseram trabalhar sete dias por semana.

"Rezo todos os dias para voltar inteiro "

Sem se identificar, um motoboy de 37 anos (12 de profissão) define sua atividade como uma guerra. Casado e pai de três filhos, tem três empregos.

Diário Gaúcho - Como é a sua rotina de trabalho?

Motoboy - Trabalho das 8h às 18h numa associação e das 18h30min à meia-noite como entregador em lancheria. Aos sábados, trabalho das 11h às 14h30min para uma galeteria e das 18h30min à 1h para a lancheria. Domingo das 11h às 15h. Quero mudar isso.

Diário - Você é pressionado a correr?

Motoboy - Sim. Se eu não fizer o serviço rápido, o cliente vai chamar outro motoboy.

Diário - Já sofreu acidentes?

Motoboy - Entre quedas e batidas, já sofri uns dez ou 12. Em 50% a culpa foi minha. E tive problemas com álcool, foi a causa de muitos acidentes. Deus me deu uma sacudida e parei.

Diário - Você sofre com estresse?

Motoboy - É como se fosse uma guerra. As ruas são um campo minado. Rezo todos os dias para voltar inteiro para casa. Já perdi muitos colegas.

DIÁRIO GAÚCHO

Lançamento Rede I

         A Associação dos Distribuidores de Água Mineral do Rio Grande do sul participou, ontem, 23, do lançamento da rede de informática Rede I. Um belo evento formado por 13 empresas que começam a trabalhar no sistema de redes de cooperação.

Sobre o Redes de Cooperação

         O Programa Redes de Cooperação é uma iniciativa do Governo do Estado para desenvolver a cultura do associativismo entre micro e pequenas empresas. O Programa integra o Departamento de Desenvolvimento Empresarial, da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais do Estado do Rio Grande do Sul – Sedai.

         A ideia central de uma rede de cooperação é reunir empresas com interesses comuns. A formação em rede permite a realização de ações conjuntas, facilitando a solução de problemas comuns e viabilizando novas oportunidades de negócios que, isoladamente, não seriam possíveis. As redes são formadas por blocos de pequenas empresas que compartilham, por exemplo, marketing, conhecimentos, compras, vendas, e assim, reduzem custos e se fortalecem.

         O Programa é desenvolvido por meio de convênios firmados entre o governo do Estado e universidades gaúchas, para que, com a articulação comunitária em suas regiões transfira a metodologia da formação de redes de cooperação. Entre as conveniadas, a Faculdade Porto-Alegrense (Fapa), desenvolve e dá assistência às redes de cooperação criadas na Região Metropolitano do Delta do Jacuí, que abrange as cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Santo Antônio da Patrulha, Triunfo e Viamão, e na Região Litoral, atendendo mais 21 municípios dessa área.

terça-feira, 23 de março de 2010

Procon–CG constata: preço mais barato do garrafão de água mineral custa R$ 2,50

        É inacreditável mas no Brasil ainda existem distribuidores praticando preços absurdamente irrelevantes, uma vez que não cobrem os custos de distribuição,...

       O Procon de Campina Grande realizou no último dia (17), uma pesquisa de preços em 27 estabelecimentos que comercializam o garrafão de água mineral de 20 litros, os dados da pesquisa comprovam que o produto tem variação de preço de até 120%, quando comparado o menor e o maior preço coletados. Foram verificados os preços de quatro marcas, sendo elas: Sublime, Itacoatiara, Indaiá, Platina.

        A pesquisa comprova que a marca que tem o melhor preço em Campina Grande, é a água mineral Platina, sendo vendida ao menor valor de R$ 2,50, nos fornecedores: Platina Mineral da Rua Guilhermino Barbosa e no Pioneiro das Águas, da Rua Vigário Calixto. Já o maior preço da mesma marca é praticado no Posto Bodocongó da Rua Aprígio Veloso e na Casa do Gás, na Rua Fernandes Vieira, ao valor de R$ 3,50. A diferença de preço é de R$ 1,00, tendo variação de 40%.

       Observou-se que o consumidor poderá economizar até 53% na compra do botijão da água mineral Indaiá, isto se comparado o menor e o maior preço do produto. O botijão mais barato, R$ 3,60, foi encontrado na Difemac. Dist. de Ferro Mat. De Construção e Água Mineral), o preço mais caro, R$ 5,50, foi encontrado no Queiroz Gás da Rua Olegário Mariano. A diferença de preço, entre o mais barato e o mais caro é de R$ 1,90. A marca Indaiá é a mais cara registrada pela pesquisa.

       Já a marca de água mineral sublime, esta tem variação de 50%. Os preços estão oscilando entre R$ 3,00 (menor) até R$ 4,50 (maior). Em relação à marca Itacoatiara, a variação registrada é de 33%, os preços estão variando entre R$ 3,00 e R$ 4,00.

        A Pesquisa de Água Mineral é elaborada pelo Procon Municipal, sob a supervisão da Coordenadoria Executiva. A tabela completa com todos os itens pesquisados nos 27 (vinte e sete) principais estabelecimentos comercias da cidade, encontra-se à disposição do consumidor campinense na sede do PROCON - CAMPINA GRANDE, situado na Rua Afonso Campos, nº. 304, 2º andar, Centro e também através do endereço eletrônico: www.proconcg.com.

Anúncio apresenta FRUKI para a região das Missões

Na ocasião do aniversário de 137 anos de Santo Ângelo, a FRUKI prestou a homenagem ao município, através da veiculação de anúncio de página no Jornal das Missões. Este anúncio, além de parabenizar a cidade, também apresentou a empresa para a região onde está localizado seu mais recente Centro de Distribuição.

Fonte: http://blogattitude.wordpress.com/2010/03/23/anuncio-apresenta-fruki-para-a-regiao-das-missoes/

segunda-feira, 22 de março de 2010

País tem 17 milhões sem acesso à água

País tem 17 milhões sem acesso à águaApenas 9% dos pontos de água do Brasil foram considerados ótimos em estudoPaula Rothman, de INFO Online 22/03/2010


São Paulo - Hoje, 22 de março, é celebrado o Dia Mundial da Água, data estabelecida em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco 92, que aconteceu no Rio de Janeiro.

O projeto foi baseados no capítulo 18 da Agenda 21, que tem como objetivo geral assegurar a manutenção da oferta adequada de água de boa qualidade para toda a população do planeta e a preservação das funções hidrológicas, biológicas e químicas dos ecossistemas.

Na data de hoje, portanto, vale lembrar que, no país que possui 12% do potencial hídrico do planeta, mais de 17 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável. O principal desafio do país seria garanti a qualidade, e não a quantidade, da água disponível.

"A questão da quantidade tem sido mais bem enfrentada. Mesmo no Semiárido, hoje os problemas estão sendo resolvidos, com grandes canais, grandes açudes. No Sul e Sudeste, a questão da qualidade sempre apareceu como o grande problema e no Nordeste começa a preocupar", disse o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Varella, à Agência Brasil.

Segundo levantamento realizado em mais de 2 mil pontos de monitoramento em 17 unidades da Federação, apenas 9% dos pontos foram considerados ótimos. Cerca de 70% têm Índice de Qualidade da Água (IQA) considerado bom; 14%, razoável; 5%, ruim; e 2%, péssimo.

O IQA considera níveis de coliformes fecais, temperatura, resíduos e outros aspectos. "Junto das grandes metrópoles, onde há gente demais, mesmo onde tem água, a situação fica complicada. É preciso ter investimentos e uma gestão muito adequada ", diz o diretor.

Entre as áreas críticas estão a Bacia do Alto Tietê (SP), o Rio São Francisco e o Rio das Velhas (MG) e as bacias dos rios Jaguaribe, Cuiá, Cabocó, Mussure (PB).

Além do IQA, o monitoramento da agência mede a qualidade de água pelo Índice de Estado Trófico (IET) e pela estimativa da capacidade de assimilação das cargas de esgotos.

O diretor da ANA calcula que sejam necessários cerca de R$ 20 bilhões para investir na proteção dos mananciais que abastecem os centros urbanos, mas defende uma mobilização da sociedade em favor da conservação e do uso consciente da água. "Os grandes gerentes da água somos nós mesmos. Temos que nos transformar em atores e agir no dia a dia, com mais economia na hora de tomar banho, de lavar o carro", diz.

Desde 1993, os países participantes do Dia Mundial da Água organizam eventos para promover a conscientização sobre o uso dos recursos hídricos. Este ano, o tema para ações é "Água Limpa para um Mundo Saudável" e é possível visualizar um mapa com os eventos que acontecem no mundo todo no site do World Water Day.

No Brasil, estão inscritas atividades no Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia e São Paulo

Dia Mundial da Água

A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a resolução A/RES/47/193 de 22 de fevereiro de 1993, através da qual 22 de março de cada ano seria declarado Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 93, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (sobre recursos hídricos) da Agenda 21. E através da Lei n.º 10.670, de 14 de maio de 2003, o Congresso Nacional Brasileiro instituiu o Dia Nacional da Água na mesma data.

Os Estados foram convidados, como fosse mais apropriado no contexto nacional, a dedicar o Dia a atividades concretas que promovessem a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos e/ou a implementação das recomendações da Agenda 21.

No mês em que se comemora o Dia Mundial da Água, é preciso lembrar que, em diversos lugares do planeta, milhares de pessoas já sofrem com a falta desse bem essencial à vida.

A água é um bem precioso e insubstituível. É um elemento da natureza, um recurso natural. Na natureza podemos encontrar a água em três estados: sólido (gelo), gasoso (vapor) e líquido. Ainda classificando a água ela pode ser: doce, salobra e salgada.

É de domínio público e de vital importância para a existência da própria vida na Terra. A água é um recurso natural que propicia saúde, conforto e riqueza ao homem, por meio de seus incontáveis usos, dos quais se destacam o abastecimento das populações, a irrigação, a produção de energia, o lazer, a navegação.

De acordo com a “Gestão dos Recursos Naturais da Agenda 21, a água pode ainda assumir funções básicas, como:

- Biológica: constituição celular de animais e vegetais.

- Natural: meio de vida e elemento integrante dos ecossistemas.

- Técnica: aproveitada pelo homem através das propriedades hidrostática, hidrodinâmica, termodinâmica entre outros fatores para a produção.

- Simbólica: valores culturais e sociais.


Muito se fala em falta de água e que, num futuro próximo, teremos uma guerra em busca de água potável. O Brasil é um país privilegiado, pois aqui estão 11,6% de toda a água doce do planeta. Aqui também se encontram o maior rio do mundo - o Amazonas - e o maior reservatório de água subterrânea do planeta - o Sistema Aqüífero Guarani.

No entanto, essa água está mal distribuída: 70% das águas doces do Brasil estão na Amazônia, onde vivem apenas 7% da população. Essa distribuição irregular deixa apenas 3% de água para o Nordeste. Essa é a causa do problema de escassez de água verificado em alguns pontos do país. Em Pernambuco existem apenas 1.320 litros de água por ano por habitante e no Distrito Federal essa média é de 1.700 litros, quando o recomendado são 2.000 litros.

Mas, ainda assim, não se chega nem próximo à situação de países como Egito, África do Sul, Síria, Jordânia, Israel, Líbano, Haiti, Turquia, Paquistão, Iraque e Índia, onde os problemas com recursos hídricos já chegam a níveis críticos. Em todo o mundo, domina uma cultura de desperdício de água, pois ainda se acredita que ela é um recurso natural ilimitado. O que se deve saber é que apesar de haver 1,3 milhão de km\3 livre na Terra, segundo dados do Ministério Público Federal, nem sequer 1% desse total pode ser economicamente utilizado, sendo que 97% dessa água se encontra em áreas subterrâneas, formando os aqüíferos, ainda inacessíveis pelas tecnologias existentes.

Políticas públicas e um melhor gerenciamento dos recursos hídricos em todos os países tornam-se hoje essenciais para a manutenção da qualidade de vida dos povos. Se o problema de escassez já existente em algumas regiões não for resolvido, ele se tornará um entrave à continuidade do desenvolvimento do país, resultando em problemas sociais, de saúde, entre outros.

O país está tomando medidas concretas para impedir esse futuro, entre elas a criação da Agência Nacional de Águas, a sobreposição do rio São Francisco, adoção de técnicas de reuso de água e construção de infra-estrutura de saneamento, já que hoje 90% do esgoto produzido no país é despejado em rios, lagos e mares sem nenhum tratamento.

Segundo a Organização das Nações Unidas - ONU, 50% da taxa de doenças e morte nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou pela sua contaminação. Assim sendo, o rápido crescimento da população mundial e a crescente poluição, causado também pela industrialização, torna a água o recurso natural mais estratégico de qualquer país do mundo.

Para cada 1.000 litros de água utilizados, outros 10 mil são poluídos. Segundo a ONU, parece estar cada vez mais difícil se conseguir água para todos, principalmente nos países em desenvolvimento. Dados do International Water Management Institute - IWMI mostram que, no ano de 2025, 1.8 bilhão de pessoas de diversos países deverão viver em absoluta falta de água, o que equivale a mais de 30% da população mundial. Diante dessa constatação, cabe lembrar que a água limpa e acessível se constitui em um elemento indispensável para a vida humana e que, para se tê-la no futuro, é preciso protegê-la para evitar o futuro caótico previsto para a humanidade, quando homens de todos os continentes travarão guerras em busca de um elemento antes tão abundante: a água.

Devido à grande expansão urbanística, a industrialização, a agricultura e a pecuária intensivas e ainda à produção de energia elétrica - que estão estreitamente associadas à elevação do nível de vida e ao crescimento populacional - crescentes quantidades de água passaram a ser exigidas.

As crescentes necessidades de água, a limitação dos recursos hídricos, os conflitos entre alguns usos e os prejuízos causados pelo excesso de água exigem um planejamento bem elaborado pelos órgãos governamentais, estaduais e municipais, visando técnicas de melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Além das responsabilidades públicas, cada cidadão tem o direito de usufruir da água mas o dever de preservá-la, utilizando-a de maneira consciente, sem desperdícios, assim dando o valor devido à água.

Use a água racionalmente, a fonte não pode secar!

História do Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

domingo, 21 de março de 2010

Vale quer preço ''de volta à realidade''

Presidente da empresa diz que preço à vista do minério já é o dobro dos contratos de longo prazo, e que é impossível conviver com a distorção

O Estadao de S.Paulo

Um dia depois de a imprensa chinesa informar que a Vale negocia um reajuste de até 100% no preço do minério de ferro com as siderúrgicas do país, o presidente da mineradora, Roger Agnelli, afirmou ontem que há uma série de fatores que obrigam a um "reajuste importante". Ele não confirmou, no entanto, o número divulgado pela Associação do Ferro e do Aço da China (Cisa, na sigla em inglês). Agnelli citou, como exemplos dos fatores que pressionam o preço, a questão cambial, custos com frete e a disparidade entre os preços praticados no mercado à vista e no de longo prazo.

"O mercado já está praticando uma realidade de preço completamente diferente do que foi o ano passado. Este ano a demanda é muito forte, deve continuar forte pelos próximos três anos, quatro anos. E o aumento de produção não está acompanhando de forma nenhuma o aumento da demanda por minério", ressaltou o presidente da Vale, que participou de eventos ao lado do governador de Minas, Aécio Neves (PSDB). "Então, vamos ter aumento de preço sim, assim como teve aumento de preço do carvão, assim como o preço do aço subiu no mundo inteiro."

Segundo Agnelli, o preço do mercado spot (à vista) "está 100% acima do preço do mercado de longo prazo". Nas negociações com os clientes, a mineradora tem afirmado que não é possível conviver com uma distorção tão grande, ressaltou. "Isso desestimula novos investimentos e tira completamente a competitividade."

"A gente tem de trazer a realidade da nossa produção à realidade do mercado. Não faz sentido nenhum você vender com desconto alguma coisa que você possa vender no mercado à vista com preço bem maior, bem superior."

O presidente da Vale salientou que a empresa ainda não concluiu o processo de negociação com as siderúrgicas e que foi proposto um modelo de "flutuações" de preços trimestrais ou semestrais. "Que garanta de alguma forma uma certa estabilidade para os nossos clientes negociarem com os clientes deles."

Royalties. Em meio à polêmica envolvendo a partilha dos royalties do petróleo, o presidente da Vale reafirmou a discordância com a proposta de elevação da alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), espécie de royalties que as mineradoras pagam aos municípios, Estado e União pelo direito de explorar as riquezas minerais.

A proposta do Ministério das Minas e Energia para o novo marco regulatório do setor mineral, enviada ao Congresso na semana passada, deixou de fora a questão dos royalties que, além de causar polêmica entre as empresas, ainda encontra resistência na pasta da Fazenda, pois prevê também a redução de outros impostos para que seja mantida a competitividade. Em 30 dias, os dois ministérios deverão concluir estudos para definir se haverá ou não mudanças nos royalties cobrados no setor.

Perguntado sobre as declarações do ministro Edison Lobão, que na última quarta-feira reiterou a opinião de que as alíquotas da CFEM pagas pelas mineradoras são baixas, Agnelli reagiu com certa irritação.

"Eu acho que o ministro Lobão não conhece bem o que é o desafio de uma mineração, o que é o mercado internacional, onde você disputa", disse, ressaltando que a conta acabará sendo paga pelo consumidor. "Hoje a gente está num nível de carga tributária extraordinariamente elevado", reclamou.

Ao Estado, o presidente da Vale, contudo, considerou que houve "alguma evolução" na proposta encaminhada ao Congresso, considerada "não hostil". Anfitrião durante uma visita às obras do Memorial Minas Gerais, patrocinado pela Vale, Aécio, no entanto, demonstrou descontentamento com a retirada dos royalties da proposta encaminhada ao Congresso. Segundo ele, os recursos pagos atualmente são "irrisórios". "É uma discussão que nós ainda temos de aprofundar no Congresso Nacional."

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ypióca, da cachaça, investe em água e medicamentos

Quando o português Dario Telles de Menezes começou a produzir cachaça no interior do Ceará, em Maranguape, na metade do século 19, armazenava a bebida em pequenos barris, ancorados no lombo de jumentos. A vizinhança do sítio Ypióca (terra-roxa, em tupi-guarani) comprava a aguardente a granel, usando um recipiente de cinco litros, a "canada", como medida. Quase dois séculos depois, o bisneto Everardo Telles, presidente da Ypióca - uma das maiores fabricantes de cachaça do mundo, que em agosto inaugura a sua sexta fábrica, fruto de um investimento de R$ 120 milhões - voltou a distribuir bebida a granel. Mas dessa vez o produto atende pela singela fórmula de "H2O". Um caminhão tanque de inox leva a água diretamente da fonte mineral até um reservatório, também de inox, instalado em prédios de médio e alto padrão de Fortaleza. O consumidor degusta a bebida em três temperaturas diferentes: quente, ambiente e gelada.

Diversificar a produção e investir em ideias inovadoras é a proposta do "doutor Everardo" - como é conhecido o engenheiro agrônomo que há quase 40 anos preside o Grupo Ypióca. O empresário de 66 anos, três mulheres, seis filhos (o caçula com um ano e meio) e quatro netos avança em novas frentes. "Qualquer dependência é um risco e quanto menos nossa receita estiver concentrada na venda de cachaça, melhor", diz o cearense de fala mansa, que adora pilotar helicópteros. "Não existe melhor instrumento de trabalho para um empresário acompanhar seus negócios". E são muitos: o grupo, que faturou R$ 300 milhões no ano passado, explora atividades em setores que vão de embalagens plásticas à criação de peixes, passando pelo etanol e papelão. Esses outros negócios, fora do produto principal, já representam um quarto da receita do grupo.

Embora ocupe o segundo lugar no ranking de vendas do segmento em valor segundo a Nielsen (só perde para a 51, da Companhia Müller de Bebidas), a Ypióca atua em um mercado delicado. "As restrições ao consumo vêm crescendo", diz Telles. Daí a investida em novas ideias. O empresário já aplicou R$ 20 milhões nos últimos oito anos na pesquisa de um medicamento contra o câncer, por meio da Amazônia Fitoterápicos, da qual detém 55% de participação, em sociedade com cientistas brasileiros. A droga, à base da planta avelós, está sendo testada desde o ano passado em pacientes do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ir ao mercado.

Outro desafio a que se dedica no momento é a distribuição de água mineral a granel em condomínios residenciais, por meio da empresa Central Naturágua, criada a partir da sua fabricante de água mineral Naturágua. O serviço estreou há dois anos na capital cearense, com investimentos relativamente modestos, de cerca de R$ 2 milhões. Em parceria com construtoras locais, a Central Naturágua oferece aos condôminos água mineral na torneira de casa. O serviço foi idealizado por Henrique Hissa, um ex-dono de lava-rápido. "Ficava incomodado quando minha mulher me mandava buscar água, tinha que pegar aqueles galões pesados de 20 litros e ficava imaginando que deveria haver um jeito mais fácil de consumir água", afirma Hissa, de 37 anos, que hoje ocupa a diretoria da Central Naturágua.

O serviço abastece 20 condomínios em Fortaleza e tem contratos com outros 80 prédios, ainda em construção. Pelo sistema, o prédio é erguido com uma tubulação à parte do sistema de água da rua. O caminhão tanque abastece um reservatório no alto do prédio, que distribui a água aos apartamentos. O condômino compra (por R$ 740) ou aluga (por R$ 39 ao mês) um equipamento instalado no apartamento, que oferece água mineral em temperaturas ambiente, gelada ou quente. Por mês, o custo para o cliente sai em torno de R$ 40. "O cliente gosta por conta da comodidade do serviço e, para o condomínio, é interessante porque aumenta a segurança, evitando o trânsito de pessoas estranhas dentro do prédio", diz.

Há aproximadamente dez anos, Hissa buscou, com pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), colocar a ideia no papel. As idas e vindas de Fortaleza ao interior de São Paulo consumiram um carro seminovo e outros milhares de reais. O empreendedor bateu à porta de uma série de empresas tentando vender seu projeto, inédito no país e sem similares no mundo. "Não soube até hoje de nenhum negócio parecido fora do Brasil", afirma ele. Até que encontrou abrigo na Ypióca. "Ele era muito jovem quando nos ofereceu a proposta, há uns quatro anos, e realmente era difícil acreditar que um serviço que nunca foi testado antes poderia dar certo", afirma Aline TellesChaves, diretora de marketing da Ypióca, que foi convencida por um amigo em comum a receber Hissa. A Ypióca testou o serviço durante dois anos, antes de oferecê-lo ao mercado. Os projetos são conduzidos sempre em prédios em construção, que possam abrigar a infraestrutura necessária.

Por ser pioneiro, o serviço não tem legislação pertinente e ainda aguarda parecer do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia. Mas já trabalha com o aval da Secretaria de Vigilância Sanitária do Estado do Ceará. "Recomendamos que a nossa equipe técnica de Brasília conheça o serviço in loco no Ceará, para darmos um parecer sobre o sistema, que é realmente novo", afirma o diretor geral do DNPM, Miguel Neri.

"Nunca ouvi falar de nada parecido e seria realmente bom se um serviço como esse começasse a ser oferecido em São Paulo", afirma João Batista Crestana, presidente do Secovi-SP, o principal sindicato da indústria imobiliária do país. "O futuro da indústria imobiliária passa pela oferta de serviços".
Hissa já solicitou a patente da ideia junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e agora faz planos de expandir o negócio com a certificação que acaba de receber da Bureau Veritas, uma das principais empresas do mundo em verificação de conformidade. "Conquistamos a certificação da norma ISO 22000), que trata especificamente da segurança dos alimentos e define requisitos para sua produção, o que é uma grande vitória para o nosso negócio", observa Hissa.

A proposta de Everardo Telles daqui em diante é propor parcerias com mineradoras de grandes capitais ou abrir franquias do serviço. "Vamos levar a ideia adiante", diz ele, que também aposta em um produto bem menos polêmico: a produção de briquetes, usados nos fornos de padarias e pizzarias. Confeccionado a partir do bagaço de cana, é um produto ecológico e que exigiu investimentos de R$ 1,5 milhão. "Nossa empresa já era ambientalmente responsável, reaproveitando o bagaço de cana para a compostagem e depois para fabricar papelão muito antes de alguém falar de sustentabilidade", diz Telles, que também é socialmente responsável em tempos de lei seca. Não bebe nada alcoolico, nunca.

Veículo: Valor Econômico

Ouro Fino realiza ação para o Dia Mundial da Água


A Empresa de Águas Ouro Fino é referência no assunto preservação ambiental e para o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, preparou ações especiais. Na agenda, estão previstas distribuições de sementes, passeios educativos pela fonte e palestras. A empresa é uma das maiores envasadoras de água mineral do país e é também referência em ações de conservação do ambiente.

A programação começa a partir de segunda-feira, 15/03 - os clientes que comprarem galões de água de 10 ou 20 litros no Centro de Distribuição Ouro Fino em Curitiba (Rua Brigadeiro Franco, 3.184), irão receber sementes para o cultivo de espécies como Angico do Cerrado, Ipê Amarelo e Roxo, Murta e Quaresmeira Roxa, que virão acompanhadas de um folder sobre o Dia da Água e dicas de preservação ambiental. Esta ação vale até o dia 27/03 (sábado).

As crianças de até 12 anos também vão receber atenção especial da Ouro Fino. No domingo, 21/03, das 8h30 às 16h30, elas terão desconto de 50% no valor da entrada no Parque Ecológico Ouro Fino, em Campo Largo (região metropolitana de Curitiba). A programação inclui ainda passeios pelo parque e entrega de brindes e folders educativos. A história da centenária empresa de águas será contada durante uma animada visita à fonte Ouro Fino.

O Parque Ecológico Ouro Fino conta com cerca de nove milhões de metros quadrados, abrigando uma área de preservação ecológica fundamental para garantir a qualidade da sua fonte natural. O parque é abrigo para muitas espécies raras da flora e da fauna características da região e nele encontra-se a Estância Hidromineral Ouro Fino, que é aberta ao público. A Estância tem como objetivo maior o de contribuir para a formação da consciência ecológica da população.

UM POUCO SOBRE A OURO FINO

Há registros da comercialização da água mineral Ouro Fino datados de 1898. Ela recebeu este nome por estar situada na região de Bateias (Campo Largo/PR) que, no início do século XIX, ficou famosa pelas jazidas de ouro que continha. Desde a sua criação, a empresa busca o equilíbrio com a natureza na extração de água mineral, com o máximo de qualidade e tecnologia. Com uma vazão de 520 mil litros/hora, a Ouro Fino é a segunda maior envasadora do Brasil. No Paraná, a marca detém 67% do mercado, segundo dados do Departamento Nacional de Pesquisas Minerais (DNPM).
A água mineral natural Ouro Fino é classificada como alcalino-terrosa fluoretada e é proveniente das fontes naturais Ouro Fino, protegidas e preservadas naturalmente graças ao cinturão verde de Mata das Araucárias que circundam o Parque Ecológico Ouro Fino, uma das maiores reservas do Paraná. Com propriedades digestivas e diuréticas, a água é também considerada Sodium Free (com baixíssimos teores de sódio e cloretos). Por isso, seu consumo ajuda o organismo a eliminar toxinas.


terça-feira, 16 de março de 2010

Água Mineral de Luxo

        Todo mundo já percebeu que as marcas de luxo se renderam aos encantos da classe média. Perceberam que existem jóias de luxo e bijuterias, obras de arte e artesanato local, vinhos caríssimos e vinhos bons com preços promocionais. Mas o que confere o caráter de luxo a um produto? Observemos na ‘outra margem do rio’. Algumas marcas de águas minerais são vendidas como licores finos e tratadas como artigos de prestígio. O Hotel Ritz-Carlton em NYC contratou um sommelier de água para recomendar aos seus clientes os melhores tipos de água e a combinação com os pratos. Este tratamento agrega um beneficio de valor inovado, eleva o produto a uma categoria e garante uma experiência emocional autêntica ao cliente. O produto água é tratado com o high touch de um produto de luxo. Ganha uma imagem de refinamento e passa a competir com outra categoria ou segmento de bebidas: vinhos, por exemplo. O preço é apenas uma conseqüência deste conjunto de determinantes desenvolvidas mercadologicamente. Os consumidores decidem pagar preços mais altos por certo artigos de sua preferência e que ocupam o topo na sua lista hierárquica de interesses de consumo.

        A Colette de Paris já vende águas com assinatura por um precinho nada convidativo. Em S. Paulo, o Empório Santa Maria, um dos mais sofisticados da cidade já vende águas especias com sabores de fruta, águas vindas de fontes francesas, com grife e tratamento especializado. Quem quiser provar pode se dirigir ao Acqua Bar do Empório e experimentar águas duiças, francesas e escocesas. Outras marcas interessante que andei vendo recentemente é a Saratoga e a Voss Water . O design da garrafa, minimalista e clássico, nos faz lembrar de um vidro de perfume. Uma design perfeito para uma "Água com classe".

segunda-feira, 15 de março de 2010

Lobão: áreas minerais improdutivas poderão ser leiloadas

BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que o governo poderá retomar concessões de áreas de exploração mineral que estejam improdutivas. Segundo ele, isso inclui as reservas que foram concedidas pelas regras do atual código da mineração. "As pessoas serão chamadas. Se estão lavrando, ótimo. Senão, pode haver a caducidade", disse o ministro. Segundo ele, ao fazer isso, o governo não está rompendo contrato, já que mesmo o atual código prevê obrigações ao concessionário que, se não cumpridas, justificariam a retomada das áreas.

Pela proposta de novo marco regulatório para o setor, apresentada ontem por Lobão, uma vez retomadas, essas áreas não exploradas seriam objeto de licitação. A regra atual para a concessão de lavras não prevê leilões. Os direitos de pesquisar e explorar são concedidos mediante solicitação.

A proposta do Ministério de Minas e Energia não muda isso, mas prevê licitações em dois casos: no das áreas retomadas que contenham minerais definidos pelo governo como estratégicos (?áreas especiais?). Segundo o secretário de Geologia e Mineração do Ministério, Cláudio Scliar, a proposta prevê que essas áreas serão bloqueadas para serem licitadas em até três anos.

"Quem ganhar essas licitações poderá fazer a pesquisa e a lavra", disse Scliar. A definição de quais são as áreas e quais minérios são estratégicos caberá ao Conselho Nacional de Política Minerária, órgão formulador de políticas que seria criado pelo novo código.

As vésperas de deixar o cargo - Lobão sai no fim de março para concorrer a uma vaga no Senado pelo PMDB do Maranhão - o ministro cumpre promessa feita em sua posse, em janeiro de 2008, de apresentar um novo código para a mineração. A questão é que as propostas apresentadas ontem sequer passaram pelo crivo do Palácio do Planalto. Segundo o próprio ministro, o texto será enviado esta semana para a Presidência da República, a quem caberá decidir quando e quais propostas serão efetivamente encaminhadas ao Congresso Nacional.

Além disso, o texto não toca em pontos polêmicos, como a possível nova estatal dos fertilizantes - ainda em estudo - e a questão de aumento dos royalties, tantas vezes mencionada pelo ministro, mas que ficou de fora porque ainda está sendo discutida com o Ministério da Fazenda.


Prazos


As novas regras preveem prazo máximo de cinco anos para a pesquisa de uma jazida, prorrogável por mais três anos. Quem não iniciar a exploração da lavra após esse período poderá perder a concessão. Para explorar, o prazo total será de 35 anos - hoje não há limites. Segundo Scliar, também serão definidos, na regulamentação da futura lei, investimentos mínimos a serem feitos pelos concessionários, que vão variar de acordo com a região e com o minério. No anúncio de ontem também foi confirmado que o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) será transformado na Agência Nacional de Mineração.

O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camilo, alertou que o governo precisa definir de forma clara seus objetivos na mudança do marco regulatório para o setor de mineração. Segundo ele, a falta de regras claras poderia prejudicar investimentos durante o período de transição entre as duas legislações. Para o executivo, a proposta apresentada nesta terça-feira pelo governo é boa, mas, apresenta alguns pontos de interrogação, como o modelo do novo contrato de concessão a ser adotado. Já a criação da Agência Nacional de Mineração foi aplaudida por Camilo, que espera que o órgão tenha mais prestígio do que o DNPM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Ainda não vi tudo

Com certeza não é no Brasil, mas me aparece cada tipo... isso reflete a falta de estrutura das distribuidoras de água mineral de toda a América do Sul.

Mineração: novo código cria agência reguladora para o setor

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) vai ser extinto pelo novo marco regulatório da mineração
Foto: SXC

        O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) vai ser extinto pelo novo marco regulatório da mineração, anunciado dia 9, pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. No lugar da autarquia, será criada a Agência Nacional de Mineração, que terá papel regulador como as outras agências ligadas ao setor energético, petroleiro, de telecomunicações, de águas e de transportes terrestres.
         Segundo o ministro, um dos objetivos com a criação da agência é recuperar áreas concedidas para mineração, mas que não tem sido exploradas, o que causa prejuízos ao patrimônio público. “Era preciso por um fim a esse descalabro. Isso acontecerá sim. Nós estamos criando, paralelamente, uma agência reguladora e nós sabemos que as agências reguladoras têm dado bons resultados”, disse Lobão.
        Será criado também, no âmbito do novo código, o Conselho Nacional de Política Mineral, formado por vários ministérios e responsável por cuidar das políticas do setor – a exemplo do Conselho Nacional de Política Energética.
        Os três projetos do novo código de mineração serão encaminhados ao presidente da República, que poderá fazer alterações antes de enviar os textos para o Congresso Nacional

segunda-feira, 8 de março de 2010

Parabéns a todas as Mulheres, em especial as Empresárias


Mulher...
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...
Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...
Para você, Mulher tão especial...

Feliz Dia Internacional da Mulher!
(Anônimo)

Um futuro com mais embalagens

Outro dia lendo um artigo do Fábio Mestringer, o qual admiro bastannte pelas suas idéias, li este que reproduzo neste blog, o qual reflete o teor do futuro das embalagens no mundo.

Por Fabio Mestriner*

          Tendências são vetores que direcionam o futuro. Entender como as coisas estão se desenvolvendo e para onde elas se dirigem é um exercício importante para qualquer estratégia de empresa. Todos sabem a importância que a embalagem tem para os produtos de consumo, e porque é muito importante conhecer as tendências que afetam esta ferramenta de competitividade. Fiz uma palestra sobre o tema e, como não repito apresentações, precisei estudar novamente o assunto para me preparar. O que apresento a seguir, é uma pequena reflexão sobre este estudo recente.

        Tendências são identificadas a partir da observação dos vetores que estão determinando a atividade no setor, enxergar o futuro por outro lado, exige método e visão diferenciada para não ficar repetindo o óbvio e apontando o que todo mundo já sabe. Por ser um fator decisivo no novo cenário competitivo, a embalagem merece atenção especial. Ela é resultado da ação de um sistema complexo e multidisciplinar que envolve tecnologia, marketing, design, comportamento do consumidor, logística de distribuição, varejo, reciclagem e meio ambiente. Por isso mesmo, prever e identificar as tendências relativas a embalagem não é uma tarefa fácil.

        Em primeiro lugar, precisamos lembrar que o futuro é filho do presente e neto do futuro. Se desejamos enxergar o futuro, primeiro precisamos olhar o que está ocorrendo no presente e entender o que aconteceu no passado e perdura até os nossos dias. O consumidor tem algumas necessidades que não mudam com o passar do tempo e elas devem ser os pilares que sustentam qualquer projeção. Antes de ser um ser que consome, o consumidor é um ser humano, assim, sabemos, por exemplo, que precisamos tomar quase 2 litros de água por dia. A partir disso podemos especular se no futuro as pessoas tomarão mais água da torneira ou água embalada? A Nestlé, líder mundial em Água Mineral, deve acreditar que o consumidor vai tomar mais água embalada e, baseado nos estudos que fiz, eu também.

         Vocês acham que no futuro as mulheres vão ficar mais tempo no fogão cuidando das panelas ou vão comprar alimentos prontos? Alimentos prontos já representam 52% dos alimentos consumidos pelos americanos e no Brasil, 73% dos alimentos consumidos já são industrializados e embalados. Quando acrescentamos a estas conclusões iniciais a informação sobre o crescimento continuo da população mundial, a urbanização acelerada por que passam as populações e o aumento da expectativa de vida das pessoas, concluímos que no futuro haverá mais embalagens!

        Resta-nos então, olhar para os vetores que estão fazendo com que alguns tipos de embalagem tenham maior expectativa de crescimento por estarem em sintonia com os drivers de consumo do momento. Segundo o Laboratório de Monitoramento Global de Embalagem da ESPM que monitora os lançamentos de embalagem no mundo em tempo real, sete entre as dez categorias que mais lançaram embalagens no último ano são cosméticos destinados a promoção da beleza e da melhor apresentação da mulher. A proeminência da mulher na sociedade atual é sem dúvida o principal vetor que devemos observar.

         A disparada do food service e da alimentação fora do lar se deve a sua saída de casa para estudar, trabalhar e atuar nas mais diferentes atividades. No Brasil de hoje, dois em cada três estudantes que saem formados da universidade são mulheres. O outro driver que serve de base para o estudo de tendências, é o “consumidor em movimento”. Por ter jornada estendida, trabalhar e estudar a noite fazendo MBA, Pós, Mestrado etc. Por ter que fazer exercícios e frequentar academias, estudar línguas, e outros cursos de especialização necessários a sua empregabilidade, as pessoas precisam de alimentos e produtos com as seguintes características: Produtos portáteis, que durem mais, que sejam mais rápidos para o preparo ou preferencialmente, que sejam instantâneos e cujos benefícios sejam claros e efetivos. Não há mais espaço para dúvidas ou produtos que não atendem as exigências do momento.

        Os biscoitos são os alimentos mais lançados no mundo e também no Brasil. O biscoito em embalagem porcionada e a barrinha de cereais se tornaram obrigatórios no kit de sobrevivência urbana. As embalagens por sua parte precisam responder a estas demandas e por isso mesmo estamos assistindo ao crescimento das embalagens flexíveis que são leves e portáteis e das embalagens estáveis que conservam os alimentos sem refrigeração. O Stand-up Pouch retortable que conserva os alimentos a temperatura ambiente, a nova lata que pode ser levada ao microondas e a comida pronta também para aquecimento em microondas são tendência.

         Embalagens ativas que aquecem o conteúdo quando abertas vem ganhando maior representação e embalagens inteligentes que informam por exemplo se o produto está na temperatura certa para consumo ou se foi descongelado também devem crescer no futuro. Por outro lado, quanto mais embalagens são produzidas, maior seu impacto no meio ambiente, o que tem gerado preocupação ambiental crescente. As embalagens Refil, as que são produzidas com novos materiais de fontes renováveis e as que são produzidas com materiais reciclados devem crescer bastante nos próximos anos.

         A conexão da embalagem com o modo de vida do consumidor deve estar na pauta das preocupações estratégicas das empresas, pois a embalagem existe para atender as necessidades e anseios da sociedade e com ela evolui. Aquilo que as pessoas precisam e aquilo que elas almejam vai mudando de forma, mas não de essência. Por isso, no futuro haverá mais embalagens...

* Fabio Mestriner é Professor e Coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM, Professor do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de embalagem MAUÁ, Coordenador do Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE e Autor dos livros Design de Embalagem Curso Avançado e Gestão Estratégica de Embalagem. www.embalagem.espm.br