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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Votação do Minímio Regional fica para a próxima semana

Sem acordo, deputados decidirão a partir dos 6,9% do projeto

 

Samir Oliveira
Sindicalistas e representantes patronais não chegaram a consenso. Foto: Marco Couto/Agência AL/JC

Não houve acordo na reunião de ontem entre sindicalistas e empresários para definir um índice de aumento ao salário-mínimo regional. A expectativa era que após a apresentação das duas propostas, um novo valor fosse definido em consenso, como alternativa aos 6,9% do projeto de lei enviado pelo governo do Estado.

Apesar de sucessivas discussões sobre o assunto desde o final de abril, prevaleceu o impasse também na reunião de ontem, na Assembleia Legislativa - já que os trabalhadores defendem os 14% e as federações empresariais propõem 3,54%.

O vice-presidente da Federasul, Gustavo Ene, reconhece que não será possível diminuir os 6,9% que já tramitam no Parlamento. "O ideal seria 0%, pois o piso regional acaba com a competitividade do Estado", criticou.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS), Celso Woyciechowski, lamentou a falta de consenso para o reajuste. "Os empresários, com uma visão absolutamente conservadora, voltaram a defender a extinção do índice. Querem acabar com o piso", desabafou.

O impasse entre representantes de empresas e centrais sindicais se refletiu no encontro entre os líderes das bancadas, que ocorreu logo em seguida à reunião sobre o mínimo. Os deputados não deram acordo para que o projeto fosse votado ainda nesta semana.

O presidente da Assembleia, Giovani Cherini (PDT), acredita que a matéria possa ser apreciada na próxima terça-feira. "Há interesse dos parlamentares em aumentar o reajuste que veio do governo. Agora o debate é com os deputados, vamos construir um índice da Casa", afirmou.

Nos bastidores, os trabalhadores, que lotaram a antessala da presidência do Legislativo, admitem que um índice de dois dígitos não passaria pelo plenário. Nesse contexto, uma proposta que pode vigorar é reajustar em 9,2% - mesmo percentual concedido ao salário-mínimo nacional.

Entretanto, o projeto só será votado se houver acordo unânime entre as bancadas. Os parlamentares se dividem quanto a um percentual definitivo. O deputado Heitor Schuch (PSB) garantiu que vai protocolar uma emenda para assegurar os 14%, índice proposto pelas centrais sindicais.

Fonte: JC

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