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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Para a SUVISA Água Mineral é totalmente segura

João Maria AlvesORIENTAÇÃO - Manuseio e  comercialização dos garrafões devem seguir
 regras de resolução
ORIENTAÇÃO – Manuseio e comercialização dos garrafões devem seguir regras de resolução

        Contaminação do lençol freático por nitrato, problemas de higienização das caixas de água das residências, além do calor insuportável são fatores que contribuem para o consumo cada vez maior de água mineral ou mesmo de água purificada (água natural adicionada de sais), produto tido como saudável e que pode ser encontrado em qualquer mercadinho e até nos postos de gasolina.

       Contudo, a compra do galão de água mineral não garante ao consumidor imunidade contra as doenças de transmissão hídrica caso a indústria e o comércio não adotem boas práticas de fabricação e comercialização.
        De acordo com Marcos Sérgio de Araújo Guerra, subcoordenador da Vigilância Sanitária do Rio Grande do Norte (SUVISA), o consumidor pode ficar tranqüilo com relação aos produtos comercializados no Estado que são produzidos por indústrias locais, pois o controle de qualidade da água mineral é feito mensalmente pela SUVISA, que recebe os laudos enviados pelas empresas e realiza uma contra prova através do Laboratório Central (Lacen), referência em análises laboratoriais do Estado.
       
       Ao todo, no Estado existem 14 empresas de água mineral natural e 7 de água purificada. Segundo Guerra, nos últimos anos, o resultado desse acompanhamento não apresenta problemas de contaminação na água engarrafada, o que confere às industrias de água mineral natural do Estado o certificado de Boas Práticas de industrialização. Mesmo assim, o sanitarista lembra que qualquer pessoa pode solicitar à empresa um laudo referente ao lote de fabricação do galão suspeito de contaminação.

       “Todo o processo de industrialização da água mineral é bastante rigoroso, pois antes mesmo do empresário abrir uma fábrica tem que cumprir uma série de exigências feitas pelo Ministério de Minas e Energia através do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), incluindo a apresentação da produção seguida dos laudos todo ano. Já a produção é acompanhada mensalmente pela SUVISA, um cuidado rigoroso de verificação da qualidade da água através da contra-prova laboratorial, tendo em vista que a água contaminada pode transmitir doenças. Quanto à comercialização, a fiscalização é feita pela COVISA municipal”, disse.

       O controle de análises laboratoriais de águas minerais da SUVISA informou que as contra-provas das análises feitas em janeiro foram positivas indicando que até agora, a água mineral produzida no Estado está em condições ideais para o consumo. Mesmo com todo esse controle de qualidade, Marcos Sérgio observa que o cidadão não está totalmente protegido de doenças, pois as más condições de armazenamento e do manuseio do galão são responsáveis pela maioria dos casos de contaminação da população.

       “A Agência Nacional de Vigilância Sanitária já providenciou uma Resolução específica para o setor de água mineral que regula a industrialização, o transporte e a comercialização desse produto. A lei terá validade a partir de março, mas enquanto não estiver vigorando, o consumidor deve observar algumas medidas de segurança como a verificação do rótulo do garrafão para conferir se o produto é registrado no DNPM; observar se o garrafão não está com amassado ou com rachaduras; não comprar galão que esteja exposto ao sol, pois essa condição pode alterar a composição do liquido e propiciar o surgimento de algas; também deverá evitar a compra de garrafões em postos de gasolina para evitar a contaminação ou impregnação de odores indesejáveis; por último, providenciar a higienização do garrafão antes de utilizá-lo”, finalizou.

Serviço
Dúvidas ou denúncias sobre água mineral e outros produtos alimentícios industrializados podem ser tiradas através do setor de alimentos da SUVISA no telefone 3232-2528 ou através do site www.suvisa.rn.gov.br.
Em busca da padronização

         De acordo com Roberto Serkis, presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja, Refrigerantes, Água mineral e Bebidas em geral do RN (SINCRAMIRN), as empresas do Estado que produzem e engarrafam água mineral são referência no país de boas práticas para industrialização, um destaque conquistado nos últimos três anos através de um trabalho de capacitação e entrosamento com a ANVISA.

        “O SINCRAMIRN foi uma das poucas instituições do ramo no país que participou das consultas públicas para a implementação da nova legislação para o setor, no caso a Resolução número 173 da ANVISA. Nossa intenção com essa lei é proteger o produto que sai da fábrica, pois os fabricantes têm a consciência de que tanto a água quanto o garrafão atendem a todo o controle de qualidade exigido pelos órgãos reguladores, contudo, problemas de contaminação por odores, vetores ou pragas urbanas acontecem durante o transporte e o armazenamento nos comércios”, disse.

       O industrial lembrou ainda que para a nova lei prevista para entrar em vigor a partir de março não pegar o setor de surpresa, o SINCRAMIRN realizou nas cidades de Natal, Mossoró e Caicó, entre os  dias 22 e 25 de janeiro o primeiro encontro estadual dos distribuidores e revendedores de água mineral.
 
       “Conseguimos muitos avanços para o setor e essa regulamentação é uma prova desse empenho. Esperamos que os distribuidores e revendedores compreendam a importância dessa lei tanto para o setor quanto para o consumidor e providenciem as devidas adequações. Mas a luta por melhorias na indústria de água mineral ainda não terminou e o próximo passo é a padronização dos garrafões no Estado como já ocorre em São Paulo e no Paraná.

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