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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Fábricas podem mudar de mãos, inclusive uma de Água Mineral

por Marco Aurélio Mello – marcoaurelio@ojornal-al.com.br

A negociação vinha acontecendo sob o mais absoluto sigilo, mas, agora, próximo à finalização das conversas, o assunto veio a público. O grupo Renosa, franqueado da Coca-Cola no Centro-Oeste está praticamente com a mão em mais três fábricas do mais popular refrigerante no mundo, localizadas no Nordeste, região tratada como de importância estratégica para a empresa americana no Brasil.

O grupo do Centro-Oeste já atua no Maranhão desde 2006, quando adquiriu a Empresa Maranhense de Refrigerantes e, assim, poderá ampliar suas atividades aos demais estados nordestinos. As fábricas em negociação são da Conviver, nome que soa familiar para os alagoanos, afinal a sede do grupo está na capital alagoana. E foi, exatamente, o Estado de Alagoas que mais recebeu investimentos de seus proprietários. Além de produzir o refrigerante, há também a água mineral Crystal, outra marca forte do grupo.

Entre os três empreendimentos no Nordeste, está a unidade de Maceió, a primeira fábrica “verde” da América Latina, inaugurada no ano passado, após investimentos de R$ 90 milhões.

Só com a aquisição da fábrica de Maceió, o grupo Renosa passa a atuar nos estados de Alagoas, Sergipe e parte da Bahia.

As informações no mercado são de que o grupo Conviver vai manter seus negócios no ramo têxtil e de cosméticos. A empresa fabrica e distribui o refrigerante desde 1977 e no ano que vem completa um século de atividade em diferentes setores.

Por enquanto, o silêncio é a palavra de ordem quanto à negociação.

Já o grupo Renosa passou a expandir sua atuação no ramo de fabricação da Coca-cola, a partir do ingresso de três sócios sul-africanos em 2005.

Quarto maior mercado mundial para o refrigerante, no País, a Coca-cola que chega aos lares brasileiros saem de 44 fábricas, controladas, se a aquisição se confirmar, por 15 grupos empresariais. Em apenas cinco anos, as vendas da bebida americana cresceram no Brasil, 2,3 vezes acima do PIB.

A empresa americana anunciou em fevereiro que vai investir R$ 2,5 bilhões este ano no País e mais R$ 11 bilhões até 2014. No ano passado, o faturamento foi de R$ 17,7 bilhões no mercado brasileiro, 7% a mais que 2009 e um volume de vendas 11% maior.

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