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sábado, 7 de agosto de 2010

Plano Mineral prevê aumento de 150% na produção de minério de ferro até 2030

Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração
A produção nacional de minério de ferro deve alcançar 1 bilhão de toneladas em 2030, enquanto que a produção de aço, no mesmo período, poderá chegar a 103 milhões de toneladas.

Essas projeções constam no Plano de Geologia, Mineração e Transformação Mineral 2030 (Plano GMT 2030) do Ministério das Minas e Energia (MME), apresentado dia 27, no 65º Congresso da ABM – Internacional, pelo diretor de Tecnologia e Transformação Mineral do MME, Fernando Lins.

Criado com o objetivo de estabelecer um planejamento de longo prazo para o desenvolvimento do setor mineral brasileiro, o GMT 2010 será lançado oficialmente pelo governo neste mês de agosto.

“Trata-se de um instrumento sinalizador, com diretrizes orientativas, para o setor produtivo e prevê cenários para mais de 40 tipos de minérios e metais, incluindo previsão de demanda e de investimentos”, adiantou Lins, para quem o Brasil já tem as pré-condições para, nas próximas décadas, dar um salto evolutivo no cenário mundial.

Na trilha da sustentabilidade, as trajetórias prováveis e desejáveis do cenário nacional traçadas pelo GMT 2030, levam em conta um crescimento anual de 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No caso do minério de ferro, a previsão de 1 bilhão, representa uma evolução de 150% em relação às atuais 400 milhões de t/ano.

Na siderurgia, se a produção alcançar 103 milhões de t de aço em 20 anos, representará um aumento de 288,7% em relação aos 26,5 milhões de t hoje. “Caso a meta seja alcançada, o consumo per capita do aço brasileiro ficaria próximo aos dos países europeus, na faixa de 340 quilos por habitante”, enfatizou Lins, lembrando que o bem-estar da população pode ser medido pelo consumo do aço, forte indicador do estágio de desenvolvimento econômico de um país. Hoje o consumo no Brasil está na faixa de 140 quilos/hab.

Para o diretor, o Brasil carece de mais investimento na agregação de valor ao minério produzido no País. “Não existe país desenvolvido ou de dimensões razoáveis sem agregação de valor. A primarização é algo que me preocupa. Tem que haver um esforço de induzir e incentivar mais a agregação de valor”.

De acordo com o diretor do MME, são gerado na mineração 100 empregos para cada milhão de t de minério de ferro produzidas. Já na siderurgia, o volume de postos de trabalho é muito superior, chegando a 2 mil vagas por milhão de t de aço.

“Se o País continuar crescendo, haverá cada vez mais vagas na mineração e na metalurgia para profissionais capacitados”, disse Lins, ressaltando que entre os objetivos estratégicos do Plano Mineral está a formação e qualificação de recursos humanos.

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