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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Água de Coco



Coqueiro que dá coconut
A água de coco virou mania nos Estados Unidos, pura ou em coquetéis. Já é vendida em supermercados e até celebridades como Madonna aderiram. Importada do Brasil e Indonésia, atraiu o interesse da PepsiCo e da Coca-Cola. ‘Vai um coco geladinho aí, mister?

PRAIA? Não, o taxista pedalador circula pelas ruas de Nova York fazendo propaganda de uma marca de água de coco.
NOVA YORK - A água de coco verde de Petrolina, quem diria, acabou na Times Square. Depois do sucesso do açaí (ah-sah-ee, na pronúncia dos americanos), é a água de coco que está conquistando espaço nos Estados Unidos.
Enquanto a venda de refrigerantes e água mineral caiu, a de água de coco dobrou no último ano. E o consumo continua aumentando. Resultado: até as maiores fabricantes de bebida do mundo entraram nesse mercado. Em agosto, a PepsiCo fechou acordo para comprar a maior fabricante brasileira, a Amacoco, dona das marcas Kero Coco e Trop Coco. Na semana passada, a Coca-Cola comprou 18% da empresa americana Zico.

As caixinhas da bebida, que há cinco anos eram encontradas apenas em lojas de produtos naturais como o Whole Foods, estão nos supermercados americanos. E algumas celebridades já se tornaram adeptas, entre elas a pop star Madonna.
Há pouco mais de uma semana, começaram a circular pelas ruas de Nova York bicicletas-táxi com a propaganda da água de coco da marca Zico, "o drinque natural dos esportistas". A Zico, que usa coco verde da região pernambucana de Petrolina, é uma das três marcas mais conhecidas nos Estados Unidos, com a Vita Coco e a O.N.E, que importam a bebida do Brasil e da Indonésia.
Mas não é só ao natural que a água de coco entusiasma os americanos. O mixologista Junior Merino, que já foi consultor de diversos restaurantes nos Estados Unidos, como The Modern e Rayuela, cria drinques com o produto há cinco anos. "Seu sabor é tão leve que uso outros sucos, como de lichia, e alguns licores para realçá-lo", diz Merino, mais conhecido como The Liquid Chef (o chef líquido).
"Assim que as pessoas se acostumam com o sabor de uma bebida, começam a procurar outras formas de consumi-la", explica o mixologista, que sugere adicionar à água de coco gelo, gotas de limão e uma folha de hortelã. "Fica saborosa e faz sonhar com a praia e o verão."
Aos poucos, a água de coco chega também ao menu de alguns restaurantes dos Estados Unidos. Na Fatty Crab, casa moderninha nova-iorquina que oferece comida inspirada na culinária da Malásia, ela é servida com rum no próprio coco, que vem da Tailândia. "É o drinque de maior sucesso", conta o mixologista e bartender Allan Katz.
Katz recomenda a bebida para quem busca uma experiência diferente. "Geralmente são as mulheres que pedem, pois alguns homens acham que, por ser servida no coco, ela é mais feminina", diz.
Em Los Angeles, a brasileira Natália Pereira serve água de coco em seu restaurante mineiro, o Wood Spoon, desde a inauguração, em novembro de 2006. "Costumo dizer aos clientes que ela é como água benta: é um gatorade brasileiro, que cura qualquer ressaca", diz Natália. A brasileira compra o coco verde em um mercado de produtos latinos e extrai a água. "Quando não encontro lá, chego a dirigir por mais de meia hora para achar coco. Não posso ficar sem."
Em dias normais, Natália vende de 30 a 40 cocos. No verão e durante a semana de moda, a Fashion Week, as vendas sobem para 80 unidades diárias. A mineira também oferece no Wood Spoon cinco opções de sucos feitos com água de coco. O mais vendido é o que leva água de coco, açaí, laranja e hortelã.

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