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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Consumidora denuncia venda irregular de água engarrafada em Petrolina


Da redação



Após buscar sem sucesso o número da Vigilância Sanitária de Petrolina para denunciar propaganda enganosa e mau serviço na venda de água envasada na cidade, uma consumidora procurou a reportagem do Nossa Voz. Ellen Coelho, moradora do José e Maria, contou que entrou recentemente em contato com uma empresa que faz entrega de botijões de gás e garrafas de 20L de água na Vila Marcela, chamada Onça Pintada, pedindo um galão. Porém ao conferir o produto em casa, percebeu que o recipiente estava vencido – foi fabricado em 2006 e o uso máximo é de 3 anos – e a água não era mineral, mas purificada com adição de sais.

O que poucos consumidores sabem – e não é o caso de Ellen – é que existe desde 2009 uma portaria do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia, determinando que garrafões retornáveis de 10 e 20 litros com mais de três anos de fabricação sejam recolhidos e inutilizados. Se alguma empresa estiver usando galões vencidos, será multada. Já o cliente deve recusar se o galão entregue em casa estiver vencido, pois depois terá dificuldade em provar o abuso por parte da empresa.

A consumidora alega que em novo contato com a empresa, foi informada pela atendente – de nome Jana – que máximo que poderia ser feito era trocar o vasilhame, mas os R$ 7 pagos no produto não seriam devolvidos. E ainda insistiram na informação de que a água era mineral.

“O rótulo informava claramente que a água era filtrada. Além disso, quando você liga para a empresa, eles atendem como um Rapidão – e não como Onça Pintada. O que eu quero é que a vigilância faça seu papel e fiscalize esse tipo de atividade na cidade. Se eu, que tenho acesso à internet, não consegui achar de forma alguma o telefone da Vigilância, imagine as outras pessoas? Além disso, muitos compram sem perceber que essa água é imprópria para consumo. Quem me deu o contato dessa empresa achava que era mineral!”, destacou.

De acordo com gerente da Vigilância Sanitária de Petrolina, Jarbas Costa, o órgão esteve na residência de Ellen e chegou a constatar o vasilhame vencido, mas não pode comprovar que era o comprado na Onça Pintada, pois ja havia sido violado. A empresa também foi fiscalizada e no local, não foi encontrado nenhum galão da água citada pela consumidora ou vencido. Devido à falta de provas, há a suspeita de que o proprietário do empreendimento possa ter outro local de armazenamento ou distribuidora - fato que será apurado pela Vigilância.

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