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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Empresa inova e planeja expansão


PAULO MARINHO

“Bebeu água? Tá com sede? Olha a água mineral, você vai ficar legal!” Talvez, o músico baiano Carlinhos Brown não imaginasse a dimensão do negócio, mas com essa música ele estava chamando a realidade para um líquido que movimenta a economia em todo o País. Em Pernambuco, onde as pessoas normalmente evitam beber água da torneira, o consumo mensal de água mineral é o segundo maior do País, sendo comercializados seis milhões de garrafões de 20 litros. Um mercado como esse faz a disputa entre os fabricantes tornar-se acirrada. Inovar pode ser a palavra.


A empresa pernambucana Santa Joana, fundada em 1994, vem crescendo numa média anual de 8% a 12% (tem receita mensal de R$ 1,6 milhão) e planeja expandir suas vendas para um público mais seleto: as classes A e B. Estão investindo numa marca chamada Lindóia (baseada nas Águas de Lindóia, em São Paulo). O garrafão de 20 litros com este nome começou a circular no Estado neste mês de dezembro e traz um diferencial. “Temos um processo de envasamento que dispensa o contato humano, eliminando os riscos de contaminação”, diz Lenílson Torres Filho, diretor-geral da empresa.

A meta é comercializar entre cinco mil e seis mil garrafões da Lindóia por dia, resultando em 180 mil por mês. O valor cobrado será de R$ 6, enquanto que o garrafão Santa Joana, que ganhou espaço principalmente no público C e D, custa R$ 3,50. “Começamos o processo de fabricação da Lindóia há mais de um ano, mas fizemos uma pesquisa de mercado e constatamos que havia uma demanda pelo produto com maior qualidade”, explica Torres.

Foram gastos R$ 2 milhões para implementar o maquinário especializado, cabines de tubulação de inox sanitário para evitar vazamentos. “Em média, envazamos 4 mil garrafões por hora. Mas, da Lindóia, podemos envazar apenas 600 garrafões por hora”, exemplifica. Para chamar atenção dos consumidores, serão lançados itens novos. Em três meses, o garrafão de 20 litros da Lindóia virá com lacre no estilo dos que são usados em vinhos. Ampliando no segmento, Torres informa que ainda há uma carência na venda de garrafas de vidro para restaurantes e que será feita uma versão desse tipo da Lindóia para ser comercializada nesses estabelecimentos.


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