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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Setor plástico usa 80% de sua capacidade

Roberto Hunoff, de Caxias do Sul

A indústria transformadora de plástico da região Nordeste do Rio Grande do Sul, que tem mais de 50% de seus negócios ligados ao setor automotivo, já utiliza 80% de sua capacidade instalada, que é da ordem de 350 mil a 400 mil toneladas anuais de processamento de resinas. Para fazer frente à demanda, as cerca de 450 empresas retomaram os níveis de emprego do período pré-crise, em torno de 8,5 mil trabalhadores, e aumentaram os investimentos na compra de máquinas e equipamentos.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico (Simplás), Orlando Marin, sustenta que os aportes em modernização do parque fabril dobraram em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A retomada faz com que a entrega de máquinas por parte dos fabricantes nacionais demore até quatro meses. No caso das importadas é imediata em alguns casos, mas em outros, de equipamentos mais complexos, pode levar até seis meses.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Márcio Ribaldo, que participou de encontro do Simplás em Caxias do Sul, as vendas de máquinas para a indústria de plástico cresceram 99,8% neste trimestre na comparação com igual período de 2009. O índice está bem acima da média do setor de máquinas, que é de 20%, e abaixo apenas do segmento têxtil, que elevou suas compras em 106%.

Em explanação para associados do Simplás, Ribaldo enfatizou projeto em andamento na Abimaq e no Bndes para acelerar o processo de renovação das máquinas do setor plástico, que têm idade média nacional de dezessete anos. Pela proposta em análise, o empresário adquire máquina nova, com prazo de dez anos para pagar e juros de 5,5% anuais. Também se credencia a receber 100% do valor financiado em capital de giro para amortização nos mesmos moldes da compra da máquina. Em contrapartida deverá entregar, sem ônus, a máquina velha, que será sucateada. Na avaliação de Marin, a proposta é interessante porque elimina muitos equipamentos antigos e desatualizados que acabam vendidos para uso na informalidade.

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