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domingo, 7 de março de 2010

Nova Fábrica de água mineral em Angola

        O município do Icolo Bengo, província do Bengo, conta com mais uma unidade industrial, a fábrica da “Água Cristalina”, captada a partir de perfurações a 150 metros de profundidade. O referido projecto pertence ao “Grupo Mostratus” e dispõe de duas linhas de enchimento independentes.

       Uma linha enche garrafões de cinco litros e a outra, garrafas de litro e meio, meio litro e 0.33 decilitros. A linha de enchimento dos garrafões tem capacidade para engarrafar quatro mil unidades por hora. A outra linha enche 12 mil garrafas por hora.

        João Pinto, director executivo do grupo, disse que a capacidade de produção diária varia consoante as horas de trabalho. Actualmente, a fábrica está a trabalhar apenas com um turno de oito horas. “Estas capacidades podem variar a partir do momento em que entrar em funcionamento o segundo e terceiro turno de trabalho”, disse o gestor.

        Em termos de capacidade instalada, João Pinto assegurou ao Jornal de Angola que com três turnos a funcionar, a unidade fabril tem capacidade para enchimento de mais de 100 milhões de litros de água por ano, superando o número actual das importações, segundo dados estatísticos fornecidos pela Direcção Nacional das Alfândegas.

        João Pinto disse que a marca “Água Cristalina” está a ser distribuída em oito províncias, Luanda, Bengo, Benguela, Huambo, Kwanza-Sul, Huíla, Malange e Lunda-Sul. O gestor acrescentou que em Luanda, o “Grupo Mostratus” dispõe de uma rede própria de distribuição, e que nas províncias esse serviço é terciarizado.

      “É nossa pretensão distribuir o nosso produto em todas províncias. Numa segunda fase estamos a pensar exportar”, referiu. O director executivo do “Grupo Mostratus” assegurou que a unidade fabril está em condições de responder às solicitações do mercado nacional. Reconheceu que a aceitação dos consumidores tem sido satisfatória, tendo em conta que os primeiros três meses de produção foram apenas dedicados a testes.

        “O nosso produto apenas foi lançados em Janeiro e a adesão dos consumidores tem sido significativa, se tivermos em conta que o produto já está disponível em oito províncias”, disse João Pinto.

        A “Água Cristalina”, disse João Pinto, “é um produto de extrema qualidade, devidamente certificado e atestado por laboratórios nacionais e internacionais”.

       E acrescentou que o grupo pretende que seja um produto ao alcance de todos: “o preço pode vir a baixar ainda mais com o aumento da produção e com a redução da actual dependência de matéria-prima importada”.

        João Pinto assegurou que toda a matéria-prima, excepto a água, é importada de Portugal. Até os rótulos são importados

        Com equipamentos de última geração, o “Grupo Mostratus” vai produzir no futuro outros produtos, como refrigerantes e água gaseificada com sabores: “não nos confinaremos à produção da Água Cristalina”, realçou.

         Para além da unidade fabril, o “Grupo Mostratus” está envolvido noutros negócios como a importação, exportação, promoção imobiliária e comércio.

        João Pinto assegurou que a segunda fase do projecto vai contemplar a construção de um complexo residencial com 60 suites, uma piscina e um restaurante.

O caminho da água

Natividade Teixeira, responsável pelo laboratório, explicou ao Jornal de Angola que a água é captada a uma profundidade de 150 metros. Depois da captação a água é conduzida para o depósito de recepção e daí para a unidade de filtração onde são retidos os sólidos suspensos, que existem em qualquer água natural de nascente. Em seguida, segue para depósitos de armazenamento e destes para a sala de enchimento, onde é engarrafada.

        A responsável do laboratório realçou que a monitorização de controlo de qualidade é diária e sistemática desde a captação à sala de enchimento, quer na vertente físico-química, quer na vertente microbiológica. “Os parâmetros indicadores físico-químicos analisados permitem-nos garantir que as características da água se mantêm desde a captação ao produto final”, disse Natividade Teixeira. Cyntia Faria, directora de qualidade da Mostratus, disse que a unidade fabril recebeu, na passada sexta-feira, um certificado de qualidade alimentar pelo Laboratório Central do Ministério da Agricultura.

        “Este certificado de qualidade veio confirmar que a Mostratus segue as normas de boas práticas alimentares, cumprindo um dos objectivos do grupo que é oferecer um produto com qualidade ao consumidor”, disse.

       A unidade fabril situa-se em Mazozo na província do Bengo, emprega 40 trabalhadores e encontra-se instalada numa área de 23 hectares. Actualmente estão construídos 2.400 metros quadrados afectos à zona de produção, 2.400 à área de armazenamento e 800 metros quadrados para os serviços administrativos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia

Sou biólogo, doutorada e com um livro editado em tratamento de aguas.
Gostaria de saber se para a v/ unidade fabril, precisam uma técnica de laboratório.

lascobr@hotmail.com