Total de visualizações de página

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Brasil é o sétimo maior produtor mundial de água mineral

As dimensões do mercado




Por Marleine Cohen


         Não obstante o aquecimento do mercado e o leque de marcas de água mineral disponível à escolha do consumidor, é característica do brasileiro consumir pouca água envasada, ou pelo menos muito pouco: segundo dados da Abinam, o mercado interno brasileiro consumiu 35 litros per capita no ano de 2007, índice muito baixo quando comparado ao de outras nações. Levantamento da consultoria inglesa Zenith International, especializada no mercado de águas, revela que Estados Unidos, Portugal e Áustria registraram, no mesmo período, consumo próximo a 100 litros per capita/ano. Alemanha, Suíça e Espanha ficaram num patamar ainda mais elevado, acima de 125 litros per capita/ano, enquanto França, México e Itália chegaram a consumir, respectivamente, 135, 151 e 200 litros/per capita em 2007.
         Outra peculiaridade do mercado nacional - a segmentação e a regionalização - resulta em exportações praticamente insignificantes até o momento, somando US$ 310 mil em 2007, segundo dados do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM).
          Em contrapartida, o Brasil desponta no ranking internacional como o sétimo maior produtor mundial de água mineral. Ainda de acordo com o DNPM, em 1996, 13 empresas garantiam metade da produção nacional de água mineral e potável de mesa. Quase um década depois, em 2007, o número de fabricantes tinha crescido significativamente: 35 empresas respondiam por esse volume de produção.
         A pulverização do setor é tamanha que, em 2006, a Indaiá, do grupo cearense Edson Queiroz - primeira colocada no mercado interno -, respondia por uma fatia de apenas 7%, segundo a AC Nielsen. Da mesma forma, quase ¼ do setor - mais precisamente 26,5% - estava dividido entre as nove primeiras companhias do ranking, sendo que as demais - empresas de pequeno porte - abocanhavam o equivalente a 60% do mercado.
         Consolidando sua posição de segundo maior produtor de águas minerais do País desponta o Nordeste, com uma participação de 23,8%. Além da Indaiá, pertence também ao Grupo Edson Queiroz, a segunda marca líder é a Minalba, produzida em Campos do Jordão, SP.
         Ainda segundo dados da Abinam, em matéria de produção, a região Nordeste só perde para o Sudeste, que detém 50,3% da água engarrafada consumida no mercado nacional. O Estado de São Paulo concentra a maior produção de água mineral da região, respondendo por 33,2% da produção nacional - o que em 2007 correspondeu a mais de 2 bilhões de litros. Atrás dele vêm Minas Gerais (8,6%), Rio de Janeiro (6,7%) e Rio Grande do Sul (6,2%). Quanto à Região Metropolitana de São Paulo, produz 21,5% do volume total da água envasada no Brasil, ou cerca de 58% da produção do Estado de São Paulo, o que em 2000 correspondia a 693 milhões de litros ao ano e, em 2007, a 1,16 bilhão de litros. O consumo per capita de água mineral em São Paulo supera a média nacional: 75 litros anuais por habitante.
         Em 2007, a produção brasileira alcançou a marca de 6,8 bilhões de litros. Nesse mesmo período, os Estados Unidos somaram 34 bilhões de litros; a China, 19 bilhões; México, 16 bilhões; Itália, 12 bilhões; Alemanha, 11 bilhões; e França, 8 bilhões de litros. Segundo a Zenith International, a produção e o consumo mundial de água em 2007 somaram 206 bilhões de litros, assim divididos: Europa Ocidental, 23%; América Latina, 17%; América do Norte, 19%; Ásia e Austrália, 26%; África, 2%; Europa Oriental, 7%; e Oriente Médio, 7%. O faturamento mundial do setor foi de US$ 100 bilhões.

Nenhum comentário: